quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Atrizes brasileiras ganham o mercado internacional


por Fernanda Araujo
Agência Folha

Depois de mostrar seus rostos em filmes e novelas, algumas artistas brasileiras acabam sendo convidadas para ser garotas-propaganda em outros países. É o caso da atriz Nívea Stellmann que embarcou para Portugal, onde fará campanha para uma grife de sapatos. A atriz está na novela Suave Veneno, transmitida atualmente em terras lusitanas. ‘A garota do bumbum dourado’, como ficou conhecida, foi convidada pela empresa Aerosolis. Ela deve ficar na Europa até o próximo dia 23.
Os produtores agendaram fotos, desfiles e momento para autógrafo. “Meu material deverá ser divulgado nos lugares onde o sapato é vendido: Portugal, França, Itália e Espanha”, disse a atriz. Diferente de Nívea, Patrícia de Sabrit não era conhecida fora do país quando foi chamada para seu primeiro trabalho no exterior. “Eu estava almoçando com os meus pais em Paris quando uma produtora veio falar que eu tinha o perfil que eles procuravam para a Renoma (confecção de roupas). Foi como um conto de fadas estampar as vitrines da França”, lembra a atriz. Mas Patrícia não ficou só nisso. Há um ano e meio ela se mudou para Miami, nos Estados Unidos, para estudar e aproveitou a oportunidade para buscar trabalho. Em menos de um ano, ela fez mais comerciais do que já tinha feito por aqui.
Já os produtores dos relógios Seiko escolheram sua modelo no filme Ópera do Malandro. Eles foram seduzidos pelos olhos grandes de Cláudia Ohana. “Desde pequena meus olhos já eram do tamanho que são hoje. Eu era chamada de bonequinha japonesa”, brinca a atriz.
Foi no Japão também que Daniela Camargo fez alguns comerciais. Na época, ela foi convidada pela agência de modelos em que trabalhava. “Eles me enfeitavam com lacinhos e birotes. Só no comercial da Toshiba que fiz um papel mais sensual”, disse Daniela.
Virgínia Nowicki que ficou famosa nos comerciais das lojas Marisa fez dois trabalhos no exterior. “Isso já faz uns 15 anos, mas lembro que numa dessas eu tive de frisar o cabelo. Acredito que eles escolheram gravar aqui por causa do cenário (praia)”, contou Virgínia. Na década de 80, foi Lucélia Santos quem passou das novelas para os comerciais internacionais. “Eu achei ótimo pelo prestígio e novos contatos. Certamente voltarei se aparecer um convite, explicou a estrela de Escrava Isaura.
MERCADO PROFISSIONAL – Segundo as atrizes, no exterior, os processos de seleção são mais organizados, o profissional é tratado com mais respeito e os ganhos financeiros podem ser melhores. Nos Estados Unidos as entrevistas e testes são agendados e programados de acordo com o perfil do candidato.
“No Brasil, os testes são abertos para 30, 40 pessoas em um único dia. Além disso, lá o cachê é melhor”, comenta Patrícia de Sabrit. Daniela Camargo ressalta a pontualidade e a educação. “O combinado é isso mesmo e não muda. Tudo é muito sério”, disse a atriz.
A seriedade também chamou a atenção de Cláudia Ohana. “Os produtores japoneses vieram me conhecer pessoalmente antes de fazer a proposta. Foi tudo bem organizado”, comentou a atriz, que também se demostrou bem satisfeita com a grana.

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