quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo


Sonho Meu / Matérias









Daniela disse que sente muita falta da televisão, mas que agora quer escolher onde vai exibir seu talento.

Por Mariana Ferrão Depois de trancar a faculdade de jornalismo e ter abandonado as telinhas em 99, a atriz Daniela Camargo garante: - Estou louca para voltar. Simplesmente não vejo a hora. Daniela disse que sente muita falta da televisão, mas que agora quer escolher onde vai exibir seu talento. - Quando somos novos, fazemos um monte de coisa indiscriminadamente para ver o que vai dar. Agora, depois dos 30, penso mais no futuro e só quero trabalhar naquilo que represente algo positivo para mim e para minha carreira.

http://babado.ig.com.br/materias/030001-030500/30263/30263_1.html


 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Feliz Natal


Daniela Camargo na Chamada de Elenco da novela Mico Preto


Daniela Camargo com Eduardo Moscovis na chamada da novela As Pupilas do Senhor Reitor


“Mico Preto”: A anarquia no horário das 19h

O ano era 1990. O horário das 19h vinha de uma sequência de três sucessos: “Bebê a Bordo”, “Que Rei Sou Eu?” e “Top Model”. O então diretor da Central Globo de Produção, Daniel Filho, convoca os autores Euclydes Marinho, Leonor Basséres e Marcílio Moraes para uma reunião e lhes apresenta uma folha de papel com um argumento, escrito por uma moça chamada Dulce Bressane. Ele pede que os três construam a partir daí uma novela e aquela página sem sentido se transforma numa das novelas mais anárquicas da Rede Globo: “Mico Preto”.

A trama da novela, que se chamaria inicialmente “Quem tirou mamãe do armário”, começa com um engano. Por causa de um acidente de trânsito em que amassou o velho carro de um funcionário público morador de Nova Iguaçu, uma empresária milionária fica com os documentos e o endereço do rapaz para mais tarde lhe pagar os prejuízos. Nesta mesma época, ela tinha em seu poder um modelo de procuração que daria plenos poderes ao seu advogado de confiança. Entretanto, sua secretária, sem querer, troca as bolas, ou melhor, os dados e preenche a procuração em nome do desconhecido. Dias depois, a milionária matriarca que namora o jovem Astor (Marcos Frota), some misteriosamente. Alguém tem de assumir a direção de seu conglomerado de empresas, no qual seus filhos ocupam cargos de chefia. Mas quem?
Para desespero do Vice-Presidente, Fred (José Wilker), do Diretor de Relações Públicas, Zé Luís (Miguel Falabella), e do Diretor Comercial Adolfo (Tato Gabus Mendes), nenhum deles poderá ocupar o lugar da mãe na Menezes Garcia Eletrônica. O procurador legal de Dona Áurea (Márcia Real) passa a ser Firmino (Luís Gustavo), homem simples, honesto e sem ambições. Ao saber que, por força de um documento registrado em cartório, deve assumir a dianteira dos negócios de um grande grupo econômico, ele não foge da responsabilidade. O poder que Firmino passa a ter nas mãos e sua capacidade de não se deixar corromper são o recheio da história.
Firmino continua morando em Nova Iguaçu e ganha de volta a namorada, Sarita (Glória Pires), que quase o trocou por um casamento de aparências com o Deputado Zé Maria (Marcelo Picchi), candidato ao Governo do Estado. José Maria mantém uma relação amorosa com Zé Luiz, mas para ganhar as eleições, faz de tudo para que ninguém saiba de sua vida particular. Sarita engana o ingênuo namorado sobre seu trabalho, que ele pensa ser o de acompanhante de uma velhinha doente. Ela, na realidade, trabalha como dançarina em uma boate. Como não quer continuar levando essa vida por muito tempo, vive desmanchando o namoro com Firmino, que não tem o menor futuro como funcionário público. Ela só o aceita de volta quando ele começa sua ascensão.
O advogado amigo de Áurea que deveria ser seu procurador é Honório (Mauro Mendonça), um antigo funcionário da firma. Ele é casado com a divertida Neném (Eva Wilma), com quem tem três filhos: Cláudia (Louise Cardoso), Marisa (Débora Evelyn) e Robin (Marcelo Serrado). Os três são apaixonados por pessoas da família de Áurea: Cláudia por Fred, Marisa por Zé Luís e Robin pela filha de Fred, Katherine (Daniela Camargo). Honório foi demitido da empresa graças às armações do primogênito dos Menezes Garcia e sofre ao perceber que sua filha está envolvida pelo vilão.
O ambicioso e sedutor Fred mesmo sendo o vice-presidente das empresas de sua mãe, ambiciona mais, principalmente pela preferência de Áurea por Adolfo, o que o deixa louco de inveja. Por vingança, envolve-se com Cláudia, apesar de acabar gostando da jovem. Em determinado momento da trama, Áurea reaparece e revela o motivo de seu sumiço: ela se submetera a uma experiência de rejuvenescimento e ficara em coma devido a um choque alérgico. Temendo que Áurea atrapalhe seus planos de chegar à presidência da empresa, o mau-caráter resolve interditar a própria mãe e consegue colocá-la em uma clínica psiquiátrica.

A essa altura Fred mantém uma caso com Sarita, que além de estar morando com o noivo na casa da milionária, ainda leva a mãe, a pilantra Dona Heroltildes (Geórgia Gomide), para morar com eles. A vida delas se complica quando Firmino e Cláudia descobrem a traição e decidem terminar seus casamentos. Os dois acabam se aproximando e se apaixonam perdidamente. No entanto, a felicidade do casal é atrapalhada quando Sarita anuncia que está grávida de Firmino. Ela usa todos os artifícios possíveis para que o ex-marido a aceite de volta, e Cláudia, perturbada com a constante presença de Sarita, acaba rompendo o namoro com Firmino.
A história dá outra sacudida quando surge o irmão gêmeo de Zé Luiz. Foragido durante muitos anos, depois de ter aplicado um golpe na própria família, Arnaldo volta disfarçado de Sr. Guimarães, quando descobre que a mãe desapareceu. Ele se torna visinho de D. Cristina (Yara Cortes), mãe de Firmino, visando se aproximar do procurador e reaver a fortuna. No decorrer da novela, depois de divertidas cenas em que é confundido com seu irmão, que chega a ser preso em seu lugar, Arnaldo se torna uma figura decisiva na luta de Áurea em recuperar seu lugar. Ainda com a ajuda de Cláudia e Firmino, ela consegue escapar das tramóias do filho, que morre assassinado numa tentativa de fuga depois de seqüestrar o filho do rival e da amante e assumir o assassinato de Heroltildes e Caroço (Elias Gleizer), seus cúmplices. Arnaldo foge com Marisa, apaixonada inicialmente por Zé Maria, e Sarita termina sozinha, com o filho. Firmino e Cláudia terminam juntos e na ultima cena da novela os dois aparecem empurrando seu carro velho, que quebrou novamente.

“Mico Preto” foi assumidamente uma novela sátira. Sua inspiração no universo de Pedro Almodóvar, que explodia para um mundo naquele ano, com filmes como “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” e “Átame!” e a presença de Glória Pires, em seu retorno à TV depois do sucesso em “Vale Tudo”, vivendo uma Maria de Fátima mais cômica e mais descarada, não foram o suficiente para atrair a atenção do público. A história se esgotou no primeiro mês de transmissão e a Globo começava a sentir os efeitos do sucesso de Pantanal. O trio de autores não teve química e Walther Negrão foi convocado para tentar dar rumo à trama. Tarde demais! Contudo, grande parte do elenco se divertida gravando a novela mais alucinada da televisão brasileira e assim como o público, não entendia os rumos da trama. “Aquela novela era muito doida. A gente ria o dia inteiro (…) Daqui alguns anos, aquilo vai ser mostrado como um surto, um grupo de atores que enlouqueceram durante a novela.”, registrou Miguel Falabella no livro “Autores – Histórias da Teledramaturgia”, quando perguntado sobre “Mico Preto”.
“Mico Preto” – 179 capítulos – Exibida entre 07/05 e 01/12/1990
Escrita por Euclydes Marinho, Leonor Basséres e Marcílio Moraes
Argumento de Dulce Bressane
Direção de Denis Carvalho e Denise Saraceni
Rafael Tupinambá


http://www.teledossie.com.br/mico-preto-a-anarquia-no-horario-das-19h/



Quem pegou o “mico preto”?

Firmino (Luiz Gustavo) se tornou um verdadeiro “mico preto” na vida dos três irmãos herdeiros da milionária Áurea (Márcia Real) após seu misterioso desaparecimento. A expressão saiu de um antigo jogo infantil de cartas onde todos os animais tem pares, menos o mico. O jogo acaba quando todos os pares se formam e perde quem acaba com a carta do mico na mão.
Nessa história o mau caráter e ambicioso Fred (José Wilker) faz de tudo para ficar com o poder que a mãe jamais lhe dará, já que ela prefere Adolfo (Tato Gabus). Entretanto, o filho preferido é preguiçoso e só pensa em se aposentar.
Áurea namora Ástor (Marcos Frota), um garotão muito mais novo que ela e antes de desaparecer chega a anunciar seu noivado com o rapaz deixando todos de cabelo em pé.
O advogado de confiança de Áurea a quem seria dada a procuração com plenos poderes era Honório (Mauro Mendonça), casado com Neném (Eva Wilma), uma típica “Amélia”. Os problemas caseiros do advogado começam quando ele esquece o aniversário de 30 anos de casamento e ainda para tentar limpar sua barra dá um jogo de panelas para a mulher. Neném é o braço forte da casa, controla tudo, da limpeza ao despertador e promove uma verdadeira rebelião em casa ao se declarar aposentada de suas funções.
A vida de Honório não poderia se tornar mais complicada. Além de sustentar o sogro Plínio (Sérgio Viotti), sempre envolvido com dívidas de jogo, sua mulher Neném passa a exigir indenização pela aposentadoria, abre uma Associação das Operárias do Lar junto com sua amiga Amelinha (Renata Fronzi) e a empregada Divina (Marcela Cartaxo) e também acaba trabalhando na loja que a filha Marisa (Débora Evelyn) abre com Beatriz (Bia Seidl).
A confusão é ainda maior porque Lourival (Otávio Augusto), mais um personagem da galeria cômica do ator, um malandro amigo de Firmino que vive querendo se dar bem, se apaixona por Neném. Os dois acabam se envolvendo depois que Honório se apaixona por Beatriz. Mas a separação só dá motivo para novas confusões. No final, Honório e Neném se reconciliam depois de muitas idas e vindas.
Beatriz trabalha na empresa de Áurea e se envolve inicialmente com Adolfo. Ele é casado com Amanda (Maria Padilha), uma perua que acaba se envolvendo com o jovem noivo de sua sogra, já que ela é a única que aprova o noivado e ele a apoia muito com a crise no casamento. Com o sumiço de Áurea e a traição de Adolfo, os dois ficam carentes e se envolvem. Este relacionamento que se mantém até o final da novela, deu um tom de humanidade à personagem frívola.
Adolfo e Amanda tem dois filhos: Denise (Débora Secco) e Dênis (Fabrício Bitar) que, segundo o autor Euclydes Marinho, eram seus personagens prediletos. Os dois eram um poço de sabedoria infantil na vida dos pais completamente perdidos.
Honório e Neném também têm filhos. Além de Marisa, são pais de Cláudia (Louise Cardoso) e Robin (Marcelo Serrado). Cláudia é completamente apaixonada por Fred e isso traz muita dor de cabeça aos pais da moça. O filho de Áurea também gosta dela, mas não tem caráter e acaba se envolvendo com Sarita (Glória Pires), a namorada de Firmino que só quer se dar bem.
Cláudia acaba se casando com Fred e Firmino com Sarita, mas quando os dois descobrem que foram traídos, acabam se aproximando e se apaixonando. Em Cláudia, Firmino encontra seu verdadeiro amor.
Já Sarita é filha de Herotildes (Geórgia Gomide), uma pessoa detestável que só quer que a filha se case com um homem rico, não com um funcionário público tupiniquim. A mulher vê um futuro para a filha quando o deputado José Maria (Marcelo Picchi) precisa de uma esposa para abafar sua homossexualidade. Sarita não pensa duas vezes e estimulada por sua mãe, fica noiva do deputado, mas o plano logo vai por água abaixo porque ela gruda em Firmino quando descobre que ele se deu bem ao se tornar procurador de Áurea.
Mas a moça não tinha mesmo solução…ou quase… No decorrer da história Sarita engravida de Firmino e tem com ele o menino Felipe que se torna o grande responsável por sua mudança. Ela se descobre apaixonada pelo funcionário público, mas já é tarde, pois ele já está envolvido com Cláudia.
Já o deputado Zé Maria quer mesmo é disfarçar o romance que tem com Zé Luiz (Miguel Falabella), filho de Áurea, Relações Públicas da empresa da família. Os dois ficam juntos vestidos de freira no final.
Mas a vida de Zé Luiz ainda fica bastante complicada com a paixonite de Marisa, a filha de Honório e Neném, que insiste ser o rapaz seu grande amor. Tudo muda com a chega de Arnaldo, o irmão gêmeo de Zé Luiz, fugitivo da polícia. Ele se aproveita da semelhança com o irmão e chega a ter um caso com a doce Marisa e ela termina como cúmplice de seus golpes no exterior.

Zé Luiz tem ainda um filho, Jota (Charles Möeller) que disputa o amor da prima Katherine (Daniela Camargo)   , filha de Fred com Robin.
O tom anárquico de “Mico Preto” vai ganhando contornos policiais à medida que a novela avança, com direito a uma maleta de dólares que passa de mão em mão e por fim é descoberta com Firmino e Sarita que pretendem devolvê-la a Áurea. Mas Fred está atrás daquele dinheiro e faz Sarita como sua refém. A polícia vai atrás do vilão e Cláudia pede pra ser refém no lugar de Sarita. Quando Fred vai atirar em Sarita, a polícia o mata. Mas antes de morrer, ainda tem tempo de dizer o bordão de seu personagem: “Ôba”.

Tanta confusão muda pra sempre a vida de todos. Cláudia decide ir embora para Nova York, mas Firmino corre atrás dela no aeroporto e pede para ficar com ele em Nova Iguaçu. Já Áurea fica com Belarmino, um coronel pai de Irene, moça que se envolve com Jota. Os dois acabam partindo para morar numa floresta.
Sarita termina sozinha com seu bebê num discurso de como ele vai crescer naquele lugar, dizendo ao filho que vai ser bom viver ali. A anarquia deu lugar à trama policial e o texto final é uma espécie de declaração de esperança num Brasil ainda aos cacos. A personagem de Glória Pires, uma Maria de Fátima suburbana, termina bem diferente. Modificada pelo filho e sozinha, ela está pronta para recomeçar pelo filho, mesmo que um pouco menos radiante. Sarita agora tinha a missão de zelar pelo futuro.
Jean Cândido Brasileiro

http://www.teledossie.com.br/quempegouomicopreto/

 

Vamp ( Crítica )

Por que Vamp e outras novelas não seriam produzidas hoje

Com os critérios adotados para a classificação indicativa e a apologia à nova classe C, que tem popularizado cada vez mais as tramas, muitas novelas de sucesso no passado dificilmente seriam exibidas nos dias de hoje. A classificação, que anda impedido a reprise de tramas das 20 horas no Vale a Pena Ver de Novo e dificultado a abordagem de diversos temas, tiraria do ar tramas que foram exibidas sem problema algum no horário das 18 horas em outros tempos. Já o grande investimento na nova classe social encontrou seu ápice com Fina Estampa e Avenida Brasil, e a ordem, pelo menos na Globo, é investir no novo nicho e evitar tramas muito sofisticadas.
Estou revendo alguns capítulos de Vamp e cheguei à conclusão de que a trama dificilmente seria produzida hoje na TV aberta . Confira os motivos:
1 – Os personagens falam palavrões e usam termos que provavelmente não seriam liberados pela classificação e pela emissora no horário das 19 horas. Além disso, há também muita sensualidade.
2 – A trilha sonora, composta por nomes como Leila Pinheiro e Guilherme Arantes, é romântica demais e não aposta nos ritmos populares.
3 – A trama mexe com diversas religiões e símbolos satânicos.
4 – A novela provoca muita angústia no telespectador (A Vida da Gente foi reclassificada justamente por, segundo o Ministério, causar esse sentimento nas pessoas). Provavelmente seria também acusada de incitar o medo e o terror.
5 -  A história não é de fácil digestão. Há muita possessão e personagens tomando o corpo de outros, o que confundiria o telespectador.
6- Natasha é muito velha. A protagonista seria uma adolescente envolvida em um triangulo amoroso.
Em tempo: Walcyr Carrasco parece mesmo confirmado como o autor da trama que virá após a novela de Glória Perez no horário das 21 horas. Manoel Carlos, que seria o próximo da fila, anda causando temor na emissora por causa do estilo mais sofisticado de suas novelas, distante do tipo de história na qual a Globo está apostando desde Fina Estampa. O novelista terá que trabalhar elementos populares em sua sinopse, mas dificilmente chegará perto do que a emissora considera ideal na atualidade.

 http://apanhadogeral.com/2012/07/12/por-que-vamp-e-muitas-outras-novelas-nao-seriam-produzidas-hoje/


 

Vamp ( Imagens )





Daniela Camargo com Fábio Assunção em chamada da novela Sonho Meu


domingo, 2 de dezembro de 2012

Fim da Linha ( Filme )

 Corre a lenda que, em visita ao Brasil, um alto funcionário do Banco Mundial teria dito que, neste país, jogar dinheiro de um helicóptero é a única forma eficaz de redistribuição de renda. Fim da Linha transforma esta lenda em filme e faz chover dinheiro sobre uma manifestação pela paz em uma grande avenida da cidade de São Paulo. Fim da Linha é metáfora tensa e bem-humorada das dificuldades, dilemas e seduções criadas por uma sociedade estruturada pela fé no poder do dinheiro. Um político cercado de assessores e seu filho, um jornalista de televisão, sua mulher e seu filho, dois motoristas de táxi, um catador de papel, uma ladra surda-muda (negra e analfabeta), um bebê seqüestrado, um grupo de velhinhos de um asilo e uma tribo de índios. O destino de cada um destes personagens vai se cruzar quando ocorre uma inusitada chuva de dinheiro em pleno centro da cidade de São Paulo.

 
  Capa do filme Fim da Linha
FIM DA LINHA
Título original:
Duração:
76 minutos (1 hora e 16 minutos)
Gênero:
Comédia
Direção:
Gustavo Steinberg
Ano:
País de origem:
BRASIL
Elenco

ELENCO

Rubens De Falco (Deputado Ernesto Alves)
Daniela Camargo (Sandra)
Maria Padilha (Júlia)
Lulu Pavarin (Margarete)
Gisela Reimann (Renata)
Bruno Fagundes (Daniel)
Eucir De Souza (Carlos)
Norival Rizzo (Hermógenes)
Pitotó (Chefe Indígena)
Ivan Capua (Catador)
Teca Pereira (Surda-muda)
Ney Piacentini (Assessor)
Odara Carvalho (Assessora)

 07/03/2008 - 09h26

"Fim da Linha" discute fé no dinheiro


EDUARDO SIMÕES
da Folha de S.Paulo
Co-roteirista e produtor de "Cronicamente Inviável" (2000), de Sergio Bianchi, e de "1,99 - Um Supermercado que Vende Palavras" (2003), de Marcelo Masagão, Gustavo Steinberg estréia hoje "Fim da Linha", seu primeiro longa como diretor e roteirista.
Em temática, assemelha-se às experiências anteriores: Steinberg costura sete histórias em torno da relação do brasileiro com o dinheiro, numa galeria de personagens que inclui, entre outros, o político corrupto Ernesto Alves. Inspirado no ex-deputado João Alves, que atribuía sua fortuna a sucessivos ganhos na loteria, este foi o último papel de Rubens de Falco, morto em fevereiro.
Divulgação
As atrizes Maria Padilha e Daniela Camargo, em cena do longa-metragem "Fim da Linha", com direção e roteiro de Steinberg
As atrizes Maria Padilha e Daniela Camargo, em cena do longa-metragem "Fim da Linha", com direção e roteiro de Steinberg
A diferença, diz o diretor, que divide a autoria do roteiro com Guilherme Werneck, está na "pegada". Segundo Steinberg, as preocupações de Bianchi e Masagão são as mesmas que rondam a sua cabeça. Mas seu filme é diferente. "Depois da experiência de trabalhar nos outros filmes, queria levantar questões importantes, com viés cômico, mas com uma mirada mais profunda", diz Steinberg, que exibiu o filme no começo do ano no Festival de Roterdã.
"O longa é uma farsa social. A idéia foi elevar o tom da realidade, até para poder retratar a realidade. Se esses temas fossem tratados de forma naturalista, eu esconderia a realidade mais do que a mostraria."
Chuva de dinheiro
Steinberg conta que seu ponto de partida foi uma "lendária" declaração de um alto funcionário do Banco Mundial, que teria dito que o único jeito de resolver o problema da distribuição de renda no Brasil seria fazer chover dinheiro. O que, no filme, acontece sobre uma manifestação pela paz no centro de São Paulo.
Igor Pessoa/Divulgação
Rubens de Falco morreu há duas semanas devido a uma parada cardíaca aos 76 anos
Rubens de Falco morreu há duas semanas devido a uma parada cardíaca aos 76 anos
"Fim da Linha" contrapõe seus personagens para criar uma "metáfora tensa e bem-humorada das dificuldades e dilemas" ligados à fé no poder do dinheiro. O maior conflito acontece entre o deputado Ernesto Alves (Falco) e Artur, jornalista vivido por Leonardo Medeiros, que perdeu seu emprego por uma reportagem em que fazia denúncias contra o político.
"O jornalista começa como herói e termina vilão. E o deputado acaba sendo o único que tem clareza do que está acontecendo", diz Steinberg.
As histórias paralelas de "Fim da Linha" são ainda intercaladas por vinhetas com frases do deputado como "O lucro de uns só existe graças à cobiça de outros". E pela saga do imigrante italiano nos Estados Unidos Charles Ponzi (1882-1949), vista em imagens de arquivo obtidas por Steinberg nos EUA. Golpista, Ponzi foi uma espécie de precursor das pirâmides, conhecidas naquele país como "Ponzi scheme" (esquema Ponzi), segundo o diretor. Deportado para a Itália, Ponzi acabou vivendo no Rio, onde trabalhou para a companhia aérea estatal italiana. A empresa fechou, e Ponzi morreu pobre.

 http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u379550.shtml


 Filme longa metragem
76 minutos - cor
direção:
Gustavo Steinberg
roteiro:
Gustavo Steinberg
e Guilherme Werneck


FIM DA LINHA

Brasil, 2008, cor, 76 min.
Direção:
Gustavo Steinberg
Elenco:
Rubens de Falco, Leonardo Medeiros, Maria Padilha, Lulu Pavarin,
Gisela Reimann e Daniela Camargo.
FILME SELECIONADO PARA O FESTIVAL INTERNACIONAL DE ROTTERDAM
“Bem-humorado, satírico e astutamente construído, Fim da Linha amarra de forma certeira sete histórias do cotidiano brasileiro. Tudo se resume a dinheiro, dinheiro, dinheiro: dos índios que querem ser pagos por sua dança da chuva ao político que não consegue parar de ganhar na loteria.” (Festival Internacional de Rotterdam)
Sinopse curta:
Fim da Linha é metáfora tensa e bem-humorada das dificuldades e dilemas de uma sociedade estruturada sobre a fé no poder do dinheiro. Os destinos de diversos personagens - um político corrupto, um jornalista, uma advogada, motoristas de táxi, um catador de papel, uma ladra surda-muda, um bebê seqüestrado, um grupo de velhinhos de um asilo e uma tribo de índios - se cruzam quando ocorre uma chuva de dinheiro no centro da cidade de São Paulo.

Sinopse:

Corre a lenda que, em visita ao Brasil, um alto funcionário do Banco Mundial teria dito que, neste país, jogar dinheiro de um helicóptero é a única forma eficaz de redistribuição de renda. Fim da Linha transforma esta lenda em filme e faz chover dinheiro sobre uma manifestação pela paz em uma grande avenida da cidade de São Paulo. Fim da Linha é metáfora tensa e bem-humorada das dificuldades, dilemas e seduções criadas por uma sociedade estruturada pela fé no poder do dinheiro.
Um político cercado de assessores e seu filho, um jornalista de televisão, sua mulher e seu filho, dois motoristas de táxi, um catador de papel, uma ladra surda-muda (negra e analfabeta), um bebê seqüestrado, um grupo de velhinhos de um asilo e uma tribo de índios. O destino de cada um destes personagens vai se cruzar quando ocorre uma inusitada chuva de dinheiro em pleno centro da cidade de São Paulo.
O diretor:
Gustavo Steinberg nasceu em São Paulo, em 1973, é cientista social e mestre em ciências políticas pela PUC, de São Paulo, mestre em comunicação pela London School of Economics e autor do romance Prazeres da Solidão.
No cinema foi co-roteirista e produtor de Cronicamente Inviável (2000), de Sergio Bianchi, voltando a exercer as duas funções em 1,99 - Um Supermercado que Vende Palavras, de Marcelo Masagão (2003). Co-dirigiu, com Marcelo Masagão, o curta-metragem Um Pouco Mais, Um Pouco Menos (2002). Em 2003, Steinberg foi produtor do documentário de longa-metragem O Prisioneiro da Grade de Ferro, de Paulo Sacramento.
Atualmente prepara o lançamento de Fim da Linha, seu primeiro longa-metragem de ficção, do qual ele assina o roteiro e a direção.
Fotos em alta resolução e outras informações do filme (incluindo trailer):
(para baixar fotos: selecione a foto no site e, quando ela for maximizada,
clique nos ícones no alto da foto para baixá-la)
Assessoria de imprensa:
011 50410133 (com Leonardo)

 



Ficha técnica

Direção: Gustavo Steinberg
Roteiro: Gustavo Steinberg e Guilherme Werneck
Direção de fotografia: Aloysio Raulino
Produção: Gustavo Steinberg / Bits Filmes
Produção executiva: Clarissa Knoll
Montagem: Lessandro Sócrates
Editor de Som: Luiz Adelmo
Direção de Arte: Mônica Palazzo
Figurino: Maitê Chasseraux
Trilha Sonora: trilha adaptada (por Guilherme Werneck, Maria Brant, Gustavo Steinberg), incluindo músicas de Cartola, Spoon, Andrew Bird, Gogol Nordello, La Rue Ketanou, Cidadão Instigado, Pexbaa, Bajofondo, entre outros
Dolby Stereo Digital
Janela: 1 : 1.85

Currículo da Produtora

Bits Produções Ltda. - CNPJ 04.310.171/0001-78
A empresa Bits Produções Ltda. foi criada em 2001 para desenvolver os projetos de Gustavo Steinberg. É coprodutora do longa metragem “1,99”, de Marcelo Masagão. Prestou serviços para os filmes abaixo, além de ter participado, como consultora na área de produção, de outros filmes, tais como “Quanto Vale ou É Por Quilo”, de Sergio Bianchi, “2000 + 1, 2, 3”, especial de final de ano de Marcelo Masagão para a Rede Globo, entre outros.

Currículo dos Artistas Participantes do Projeto

Fim da Linha conta com diversos atores de grande expressão no cenário nacional, que já participaram de inúmeros filmes, programas de TV, novelas e peças de teatro. Os principais são: Rubens de Falco, Leonardo Medeiros, Maria Padilha, Daniela Camargo, Gisella Reiman, Lulu Pavarin, Turíbio Ruiz.
Além deles, há mais 38 atores. Participa também Bruno Fagundes (filho de Antônio Fagundes), que debuta em seu primeiro trabalho no cinema.