sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sony transmitirá filme Fim da Linha com Daniela Camargo

Amanhã dia 09/02/2013, as 21:30 horas a Sony transmitirá o filme Fim da Linha, onde nossa querida Daniela Camargo interpreta a personagem Sandra, uma boa notícia para os fãs da Daniela, não percam o filme.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Daniela Camargo ( Imagem )


Bronze fácil e perigoso

 http://veja.abril.com.br/081299/p_090.html

Com a chegada do verão,
médicos alertam para os riscos
das camas de bronzeamento

Gisela Sekeff

Fotos: Ricardo Benichio
Joana Prado, a Feiticeira:
"Não posso ficar branca
porque meu personagem
não permite"

V
erão, temporada de corpos bronzeados, certo? Erradíssimo. Foi-se o tempo em que a época de pernas, barriga e ombros dourados pelo sol ia apenas de dezembro a março. Nas ruas das grandes cidades, o desfile dos bronzeados é cenário típico da primavera, do outono e até do mais gélido dos invernos. Sol para que, se dez minutos dentro de uma câmara de bronzeamento artificial equivalem a uma hora estatelado na praia? Por ano, quase 2 milhões de brasileiros se rendem às facilidades do sol artificial. Ele está disponível em qualquer esquina, dos centros especializados ao salão de cabeleireiro do bairro. É um tratamento muito prático e não custa caro, uma sessão pode variar de 10 a 25 reais. Mas é bem arriscado. Tanto é assim que, nos Estados Unidos, a rigorosa agência de controle de alimentos e remédios, o FDA, além de fiscalizar as câmaras, obriga as clínicas a advertir a clientela de que o bronzeamento artificial pode causar envelhecimento precoce e câncer de pele. No Brasil não há legislação que regulamente a venda e o uso dessas máquinas – e, obviamente, ninguém é alertado sobre os riscos envolvidos. "A radiação presente nas câmaras de bronzeamento é tão nociva quanto a exposição descontrolada ao sol", avisa o cancerologista Ivan de Oliveira Santos, chefe do setor de tumores da disciplina de cirurgia plástica da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp.

Daniela Camargo: advertência
da
dermatologista afastou a
apresentadora do sol artificial
Os donos das câmaras sempre propagandearam as vantagens do bronzeamento artificial sobre o natural. Argumentam que 95% dos raios emitidos são do tipo UVA. Os responsáveis pelo vermelhão na praia são de outra espécie, UVB. "A radiação nessas camas equivale ao sol das primeiras horas da manhã e do final da tarde", garante Cyril Harari, dono do Centro Sun Point, uma das maiores clínicas de bronzeamento de São Paulo. Desde o início dos anos 90, contudo, sabe-se que a radiação UVA é igualmente danosa para a saúde. "Esses raios têm o poder de atingir as camadas mais profundas da pele", explica o professor de dermatologia da Universidade de São Paulo Ciro Festa Neto. Isso aumenta o risco de envelhecimento precoce e de surgimento do mais letal câncer de pele, o melanoma. Segundo o doutor Oliveira Santos a doença atinge dois entre 1.000 brasileiros. O melanoma é responsável por seis de cada sete mortes causadas por câncer de pele. A doença não é provocada somente pela exposição à radiação solar, evidentemente tem de haver uma forte predisposição genética. Quem já viu uma clínica de bronzeamento artificial perguntar ao freguês se há casos da doença na família?
Sem óculos – De pele alvíssima, cabelos loiros e olhos castanho-claros, a estudante de direito Patrícia Gabriel, de 22 anos, habituou-se a ter o corpo bronzeado o ano inteiro na época em que morou no Rio de Janeiro. De volta à capital paulista, em 1993, ela encontrou nas camas de bronzeamento a solução para manter a cor. Exceto no verão, Patrícia não abre mão do sol artificial diariamente, em sessões de quinze minutos. "Nunca quiseram saber se na minha família havia casos de câncer", conta. O salão onde ela se bronzeia carece de cuidados elementares, como óculos protetores. "Nessas condições, os riscos de queimadura de córnea e de catarata a longo prazo são enormes", adverte o cirurgião plástico Rogério Izar Neves, chefe do Departamento de Oncologia Cutânea do Hospital do Câncer de São Paulo (veja quadro ao lado).

A estudante Patrícia Gabriel:
sessões diárias
mesmo
sem a
proteção dos óculos
Nove entre dez pessoas que se deitam nessas camas têm o biotipo de Patrícia, exatamente aquele com menor defesa diante dos efeitos nocivos do sol. "É gente que nunca deveria submeter-se a banho de luz", diz Maurício Alchorne, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Vários fatores contribuem para desaconselhar o bronzeamento artificial. Dentro das câmaras, os raios incidem diretamente sobre o corpo. Mesmo aquelas pessoas que não vão à praia sem proteção máxima relaxam nos cuidados quando se deitam nas câmaras. "Usar protetor não faz sentido, pois a luz é do tipo que não queima", afirma Paulo Ribeiro Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bronzeamento Artificial. Não é bem assim. Ao ar livre, a luz solar é filtrada pela atmosfera. Dentro das cabines, não há barreira alguma – nem para os raios UVA nem para os UVB. Estes são os responsáveis pela fixação do bronzeado e, em excesso, respondem pela maioria das espécies de câncer de pele. A vermelhidão é um aviso do organismo contra o abuso. Como as máquinas emitem pouco UVB, as pessoas nem sequer podem contar com o alerta do próprio corpo de que é hora de parar. Vão para casa contentes com o bronze, ainda que todas fiquem com a mesma cor – algo mais para o marrom-acinzentado, e não o dourado que se obtém na areia da praia.
Tudo isso torna o sol artificial mais perigoso e agressivo do que o de verdade. "A intensidade das luzes é duas a três vezes maior que a radiação solar", diz a dermatologista Sílvia Pereira Marcondes. Estima-se que morram 1.000 brasileiros por ano vítimas do câncer de pele. Por volta de 100.000 novos casos surgem anualmente. "Da forma como estão usando o bronzeamento artificial, provavelmente essas estatísticas devem registrar aumento nos próximos anos", preocupa-se o médico Marcus Maia, coordenador-geral do Programa Nacional de Controle do Câncer de Pele. Quando a dermatologista da apresentadora de televisão Daniela Camargo, de 30 anos, soube que sua paciente tinha feito uma única sessão de quinze minutos lhe passou um grande pito. "Ela disse que não era saudável e tinha efeito muito pior que o do sol. Como sou muito branquinha, fiquei assustada", conta. Depois disso, cabine de bronzeamento nunca mais. "Acho o dourado natural muito mais bonito do que aquela cor marrom falsa."
 
Sangue na blusa – O bronzeado artificial entrou na moda depois que vários artistas apareceram, em pleno inverno, com cor de recém-saídos do mais tórrido verão (veja depoimentos). A moda pegou. Para quem vive da imagem, manter um bronzeado permanente é garantia de aparecer bem na televisão e nas fotos. "Eu não posso ficar branca porque minha personagem não permite", diz a atriz Joana Prado, a Feiticeira. Ela se submete a sessões semanais de quinze minutos cada uma. "Sei que dá câncer, mas tento me proteger ao máximo." Joana não se deita sem filtro solar fator 8, óculos e toalhas no rosto e no cabelo. Os médicos são unânimes: precauções como as da Feiticeira são melhores do que nada, mas não afastam os riscos.
É na filosofia do "eu-sei-que-faz-mal-mas-pago-o-preço" que os donos das máquinas e importadores fazem a festa. De 1998 para 1999, o número de camas bronzeadoras pulou de 1.500 para 3.000. "O mercado tem potencial para 10.000", entusiasma-se Paulo Ribeiro Júnior, que com enorme senso de oportunidade pretende instalar uma fábrica de câmaras no Brasil. A cada dia, nos meses que antecedem o verão, pelo menos 20.000 brasileiros trocam o sol verdadeiro pelas camas de tostar e para atendê-los existem mais de 2.000 clínicas de bronzeamento. A relações-públicas paulista Ana Paula Marangon, 25 anos, era "neurótica por uma corzinha", como ela diz. Sabia do perigo do sol artificial, mas mesmo assim começou a fazer o bronzeamento em 1994. "Durante quatro meses cheguei a ir a duas sessões todos os dias", lembra. Certa vez, ao tirar a blusa, percebeu a mancha de sangue. Era uma pinta que sangrava. Submetida a uma biópsia, veio o diagnóstico médico: melanoma. Ana Paula fez duas cirurgias para eliminar o tumor e uma operação reparadora, porque foi preciso retirar-lhe 5 centímetros de pele. Nunca mais enfrentou uma cabine bronzeadora e se expõe ao sol com moderação. "Tenho certeza de que o bronzeamento artificial contribuiu para o surgimento do melanoma", conclui. Descendente de imigrantes poloneses e italianos, cabelos e olhos castanho-claros, pele branca com sardas e pintas, Ana Paula jamais deveria ter recorrido ao sol artificial. "Eu sei que errei, mas nunca pensei que fosse acontecer comigo", afirma. "É preferível aceitar a própria cor. Se é inverno, assuma, se for outono também. Não adianta forçar a natureza." Ana Paula está coberta de razão.

João Raposo
Antonio Milena
"Quando estou bronzeada fico com a aparência
mais saudável. Viver na sombra é uma chatice."
Adriane Galisteu,
apresentadora
"Há quatro meses parei com o bronzeamento artificial. Só faço em casos de emergência
para o trabalho."  
Eliana,
apresentadora  

 
 
 
 

Imagens de Daniela Camargo em montagem de Duvidae